Ao se debruçar sobre os números e métodos utilizados pela Igreja Universal do Reino de Deus, o autor revela as tensões e complexidades geradas pelo pragmátismo religioso de seus líderes.

Uma brincadeira correu os sites de relacionamentos após a recente chegada do robô “Curiosity” ao planeta Marte. Enviado pelos cientistas da NASA para realizar buscas e colher imagens, a piada foi de que uma das primeiras fotos captadas pelo aparelho dariam conta da presença de um popular banco brasileiro, de uma famosa rede de fast food norte americana e, por fim, de um imponente templo da Igreja Universal do Reino de Deus.
Brincadeiras à parte, entre as três populares grifes, a Universal é a que de longe mantém maior presença no único planeta – conhecidamente – habitado. Suas igrejas se espalham por mais de 172 países pelo mundo e, apenas no Brasil, arrebanha aproximadamente 2 milhões de seguidores.
Por se tratar de uma das poucas obras que estudam o crescimento e a influência da chamada “terceira onda” do pentecostalismo no Brasil, Movimento Neopentecostal Brasileiro - Um estudo de caso é uma importante ferramenta para ajudar a compreender a fé protestante neste presente momento em que o número de evangélicos dá uma guinada para cima. O livro elucida a chegada do pentecostalismo no Brasil e suas transformações ao longo dos anos.

Mas o que pode parecer um caso de sucesso de difusão e exportação da fé cristã, para pesquisadores representa um grande dilema: afinal, a igreja fundada e liderada pelo bispo Edir Macedo impulsiona ou prejudica o crescimento dos evangélicos na sociedade brasileira?